quarta-feira, 13 de novembro de 2013

NECROHELL - POSSESSED BY NOCTURNAL GRIMNESS

<br />Necrohell - Possessed by Nocturnal Grimness
NECROHELL 
Possessed By Nocturnal Grimness (full-length - julho 2013) - 07 faixas - 44:17 - Lançado em LP (150 cópias em vinil splatter e 350 em vinil preto) e CD (500 cópias)
Muito foda esse disco e essa banda! Necrohell banda da grande Grécia, país responsável por revelar grandes bandas de Black Metal para o mundo, e o Necrohell vem para manter essa tradição. O grupo executa um Black Metal caótico, ríspido e direto... conseguindo criar dessa forma uma maléfica atmosfera negra. Cada faixa torna-se um sombrio hino negro...  MAGNÍFICOS VOCAIS NEGROS(com presença de partes limpas), FUDIDAS linhas de guitarras e uma bateria rápida e muito trampada. Pra mim um dos melhores lançamentos desse ano de 2013, um álbum para toda uma eternidade! Hails Necrohell!




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MYSTIFIER - THE WORLD IS SO GOOD THAT WHO MADE IT DOESN'T LIVE HERE

Mystifier - The World Is So Good That Who Made It Doesn't Live Here
MYSTIFIER 
THE WORLD IS SO GOOD THAT WHO MADE IT DOESN'T LIVE HERE (1996-2013)
08 FAIXAS - 46:03 - FAIXAS BÔNUS: *CHURCH OF MOLESTED CHILDREN e *DEMOLISH THE TOWERS OF HEAVEN.
FORMAÇÃO: ARNALD ASMODEUS(VOCAIS E TECLADOS); ARMAND BEELZEEBUBTH(BAIXO), PAULO LISBOA(GUITARRA) E AAB BERNAIA(BATERIA).  
Disponível em LP - Relançamento em conjunto por: Nuclear War Now! Productions, Iron Bonehead Productions e Ordo MCM (800 cópias pretas, 200 azuis e 300 vermelhas)
Temos aqui o relançamento em LP desse grande clássico: The World Is So Good... o terceiro álbum dos mestres do Mystifier, sendo lançado originalmente em 1996 e sendo relançado esse ano em LP. Esse é um grande clássico do Mystifier e do Black Metal, e um divisor de águas na carreira da banda e do Black Metal. O segundo disco da banda que conta com o grande vocalista Arnald Asmodeus, em minha opinião  um dos grandes vocalistas da história do Metal... nesse disco Arnald mostrou todo o seu poder vocálico, entonando majestosos vocais limpos a lá tenor de Ópera, algo que ainda não ouvi no mundo do Metal até hoje. A musicalidade presente no disco é original, complexa e soturna, e acima de tudo grandiosa! Com teclados muito bem encaixados, e grande linhas de guitarra(gravadas pelo grande Paulo Lisboa, fundador de outra grande banda baiana, o Headhunter DC), o contra-baixo de Beelzeebubth é muito bem trabalhado, instrumento que muitas vezes é esquecido em bandas de Black Metal... e a bateria de Aab Bernaia segue a linha mais trabalhada com ótimos contra-tempos.  A faixa que abre o disco: ''Give The Human Devil His Due'' fez parte da trilha sonora do filme norte-americano "Gummo''. Esse relançamento conta com duas faixas bônus: Church Of Molested Children e Demolish The Towers Of Heaven, gravadas em épocas diferentes da banda. O Mystifier com The World Is So Good... se consolidou mundialmente como um dos ícones do Black Metal. Salve!

domingo, 25 de agosto de 2013

IMMOLATION - KINGDOM OF CONSPIRACY

Immolation - Kingdom of Conspiracy
IMMOLATION
KINGDOM OF CONSPIRACY (2013-FULL LENGHT) 
10 FAIXAS - TEMPO TOTAL: 40:48 - GRAVADORA: NUCLEAR BLAST
DISPONÍVEL EM: LP E CD
FORMAÇÃO: ROBERT VIGNA(GUITARRA), ROSS DOLAN(VOCAL E BAIXO), BILL 
TAYLOR(GUITARRA) E STEVE SHALATY(BATERIA). 
Mais um grande álbum desses mestres do Brutal Death Metal, Immolation sempre mantendo a sua integridade musical e ideológica... Toda brutalidade e técnica do seu som continuam intactas... Brutal Death Metal em sua mais pura essência, técnica, peso, brutalidade... músicas com tempos quebrados e muito peso, com toda aquela atmosfera caótica e obscura que esses norte-americanos são realmentes mestres em produzir... uma das bandas mais fiéis do Metal, que realmente nunca decepciona. Belíssima capa! Se você conhece Immolation já sabe o que te espera, já adquiri o meu LP desse grandioso disco!




sábado, 23 de fevereiro de 2013

MALEFACTOR: novo disco em abril!

Está previsto para o mês de abril desse ano o lançamento do novo álbum do grande MALEFACTOR, intitulado Anvil Of Crom, quinto álbum de estúdio do grupo, que vai conter cerca de setenta minutos de duração e nove faixas. Esse lançamento promete!
Abaixo segue o vídeo de uma das músicas do novo disco Blood Of Sekhmet e um demo das músicas que farão parte desse novo trabalho.








sábado, 9 de fevereiro de 2013

Entrevista: MENTAL HORROR!

    Mais uma grande banda de Extreme Death Metal do Brasil, com grandes álbuns lançados, e com uma sonoridade altamente técnica e intricada... o MENTAL HORROR conseguiu o que nem bandas grandes como Krisiun e Sepultura conseguiram, propostas de selos gringos para lançamento de um debut-CD apenas com o lançamento de um Demo, com certeza uma grande vitória. Conversei com o guitarrista/vocalista Adriano Martini, o que gentilmente cedeu essa entrevista. 





1.     01. O Mental Horror estava indo de vento em polpa, digamos assim, vocês tiverem contrato com a Mutilation Records (Brasil), Necropolis Records (Estados Unidos), turnê pela Europa... O último lançamento da banda foi o Blemished Redemption (2006), vocês chegaram a dar uma parada? O que aconteceu para que a banda não lançasse mais nada de lá pra cá? 
Adriano : Primeiramente gostaria de agradecer ao espaço e pela entrevista … Cara quando lançamos o blemished redemption esta´vamos com uima formação nova , tínhamos recrutado o Sandro ( ex Rebaelliun ) para a bateria depois entrou o Marcos Seixas ( Hateworks) na outra guitarra isso em 2005 . Estávamos com dedicação de 200 % na banda , ensaiávamos 3 vezes por semana 4 horas de ensaio . , gravamos fizemos shows, tour e quando voltamos estávamos realmente cansados daqui . , da falta de apoio etc..Temos um cd fechado desde final de 2006 … Vamos ver quando sairá  !

2.  02. Você me disse que saiu uma versão polonesa do Blemished Redemption em LP... Você não achou uma puta sacanagem a banda não ter nem recebido algumas cópias? Alguma previsão de relançamento em LP dos álbuns da banda?
Adriano: Cara isso é assim mesmo  ! A banda é a ultima a ganhar alguma coisa pelo menos saiu !

3.   03. Vocês conseguiram algo que nem o Krisiun ou o Sepultura conseguiram, várias propostas de lançamento do primeiro full-lenght da banda apenas com o lançamento de uma Demo, sem precisar ir tocar na Europa ou Estados Unidos, como você avalia isso? Diria que foi a maior conquista da banda? 
Adriano: Sim foi uma grande conquista , conquistamos com o nosso som e isso para mim é muito gratificante ! Digamos que fizemos a coisa certa na hora certa .

4.  04. A turnê pela Europa foi após o lançamento do Blemished Redemption? Como foi a negociação? Vocês tiveram que bancar as passagens?
Adriano:Na verdade a tour foi antes , nós gravamos o cd e fomos la mostrar nosso trabalho . Sim bancamos a  ida , mas valeu cada centavo investido .

5.   05. A banda chegou a ter contato com os caras do Nile, né? Vocês foram convidados por eles para fazer uma turnê, né? Ainda possuem contato? Você diria que o Nile foi a banda que mais inovou no Death Metal?
Adriano: Sim assim como contato com o Genne Palubick (Angel Corpse ) Eric Hutan (Hate Eternal ) o pessoal do aversse sefira e do Diabollic , no Nile o contato  era o  Pete Hammoura  o ex batera deles que gravou o catacombs .O Nile é muito foda ! Não tem oque dizer da banda ! Muito Foda !

6.   06. Como anda a cena aí no Sul? Que bandas daí nos indicaria? É verdade que a galera daí pouca apóia as bandas locais, preferindo ficar bebendo nas portas dos shows ao invés de pagar ingresso pra entrar no show? 
Adriano:Cara a cena aqui é como a de todo o Brasil , se criou uma cultura de ficar bebendo e não entrar em shows no inicio da decada de 90 lotavam as casas , os bares que rolavam shows hoje é ilusão ! Se você tocar para 200 pessoas se concidere um grande artista do metal , é uma lástima isso o Intorment acabou de chegar de uma tour européia , tem Exterminate , tem o Bestial a Synphony Draconnis , cara ainda tem muita gente “teimosa “ aqui que quer tocar e ter banda  apesar de todas as dificuldades .

7.    07. Você é a favor que o Sul se separe do resto do país?
Adriano:Cara isso é um lance extremamente político e politica aqui nesse país  não resolve nada .
Tu achas que mudaria alguma coisa se o RS ou SP ou sei la quem se separasse do Brasil ?Eu pessoalmente acho que não ! Outra coisa , aprendi com os anos que certos assuntos não se discutem , que são: Politica , Gosto , Religião e Mulher ! E você ? É a favor de se separar do Brasil ?


8.  08.  Vocês realizaram algum show esse ano? O Mental Horror tem como ponte forte se apresentar ao vivo? Possuem planos de lançar um DVD?
Adriano:Sim começamos o ando bem ! Tocamos  em São Leopoldo , Santa Maria , Porto , esse ano vai ser bom gostariamos sim de lançar um dvd  , mas temos outras prioridades ..

9.  09.  Você é um exímio guitarrista. Você começou a tocar com quantos anos e qual guitarra e aparelhagem você está usando no momento? Vi que você está vendendo uma Prestige da Ibanes... Qual sua rotina diária de treinamento?
Adriano:Muito Obrigado !Cara eu uso ainda o meu pedal doctor drive da Meteoro que é um ótimo drive , muito encorpado e limpo . Uso efeitos da zoom e um JCM 900 com uma caixa com 4 X12 . Guitarras eu prefiro ibanez série RG e uso uma Ibanez Prestige 7 cordas. Atualmente ensaio pouco em casa pois não tenho mais tempo , mas na época de muleque cheguei a ficar 12 horas direto .. loucura isso ! uahuauah

110.   Como se dá o processo de composição do Mental Horror?
Adriano:Geralmente que compunha as musicas e apresentava no ensaio daí vamos fazendo os arranjos e as mudanças que acharmos necessárias no decorrer do tempo , já ocorreu caso de mudar musica na hora de gravar .

111.   Cite por gentileza 10 álbuns clássicos do Metal:
Adriano:Heretic (Morbid Angel ) ,Tomb of the Mutiladed ( Cannibal Corpse ) Necroticism - Descanting the Insalubrious(carcass) The Rack (Asphyx) Last one earth ( Asphyx) Appocaliptic revelations ( Krisiun ) , Conqueros to armaguedom (Krisiun ) Burn to the promissed land (rebaelliun) Black sabath ( black Sabath ) Arise ( sepultura ) , isso sem falar em Iron , Metallica , slayer etc...


112.   Você diria que o Krisiun é a maior influência para o Mental Horror? Quando o Metal Horror foi formado vocês tinham como objetivo seguir a mesma linha de som deles? Quais as grandes influências da banda? 
Adriano:Eu diria que é influencia sim , mas não a maior , sou muito fãi de Krisiun , mas sou fã também de morbid Angel . Acredito que todos queiram seguir os passos deles , afinal de conta eles fizeram com que a banda deles desse um salto no mundo inteiro .

113.  Você também toca no guitarra e vocal no Exterminate... Nos fale um pouco sobre essa nova banda... São os mesmos integrantes do Mental Horror? Por que duas bandas e não apenas uma já que ambas executam um extreme death metal?
Adriano:Sim toco com a exterminate Atualmente as duas bandas são a mesma formação , pois o sandro estava em recuperação do seu joelho por mais de um ano , daí eu pedi para o Iuri ( batera ) dar uma força já que o Marcelo (bass ) e o Rafael  Guitarra ) já tocavam no Mental . Estamos em estudio para lançar nosso debut . COME TO FLAGELLATION  que deve sair até o fim desse ano .  Nós temos duas bandas porque são dois sons diferentes dentro do extreme death  se você ouvir as musicas verá a diferença !

114.   Quais materiais podem ser adquiridos no momento diretamente com a banda? 
Adriano:Alguns cds e camisetas

115.   Quais foram suas últimas aquisições?
Adriano: de som quase nada tem me chamado a atenção to escutando mais coisas antigas da década de 70 ultimamente .

116. Então, quando poderemos desfrutar de um novo trabalho da banda?
Adriano:acredito que devemos entrar em estudio para gravar o Mental ainda esse ano , vamos ver , estou muito ocupado com o exterminate agora . Tudo envolve tempo e dinheiro .

117.  Muito obrigado pela entrevista Adriano, desejo boa sorte nessa longa jornada que o Mental Horror tem pela frente. Um forte abraço!
Adriano: Eu agradeço a oportunidade e um grande abraço a todos os hellbangers  e  ! Desculpe a demora !

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

AFTER FOREVER!


  

    Uma grande banda que infelizmente acabou e nos deixou com um gostinho de quero mais... After Forever! Com uma discografia maravilhosa (contendo 5 álbuns e 1 EP), e os majestosos vocais da linda Floor Jansen (uma das mais belas vozes da música em geral, ao meu gosto é claro), com teclados bem sinfônicos e um instrumetal de primeira linha, acredito que essa tenha sido uma das melhores bandas do Metal com vocais femininos. Ao meu ver After Forever era uma banda de Heavy Metal com influências do Doom, Gothic e Death Metal, já que eles no início da carreira tinham um direcionamento para o Death Metal. Com certeza o After Forever foi e será uma grande referência parada bandas de Heavy/Doom/Gothic Metal.

Biografia completa: http://pt.wikipedia.org/wiki/After_Forever

              











terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Entrevista: HEADHUNTER DC!




01.  Saudações Baloff e Headhunter DC! O Headhunter DC já é uma banda veterana, com grandes trabalhos lançados, shows inesquecíveis realizados e uma carreira notória. Como você avalia a carreira da banda durante todos esses anos? 
Baloff: Salve!!! A avaliação que faço é a do dever mais que cumprido, mas com a certeza que ainda temos um longo caminho a seguir – pelo menos no que depender de meu entusiasmo, perseverança e dedicação. Tudo que conquistamos até agora foi com muita honestidade, com muita paixão pelo que fazemos e acreditamos, e assim será até o fim. The saga continues...

02.   Você e Paulo Lisboa (guitarrista e fundador da banda) já estão juntos há muito tempo no Headhunter DC. O que você teria para nos contar sobre essa grande parceria e amizade? 


Baloff: Conheço o Paulo desde 1986, ainda na época do Túmulo, sua primeira banda, e desde então desenvolvemos uma parceria e irmandade que realmente rompe as barreiras do tempo. Vimos a cena de Metal Extremo de Salvador nascer, ajudamos a construí-la. Temos uma longa história juntos, muitas coisas em comum, comungamos de muitas ideias, então não haveria como ser diferente. ...In deathmetallic brotherhood forever!

03.  Como tem sido a divulgação e aceitação do mais recente trabalho, o álbum “...In Unholy Mourning...” no underground?
Baloff: A receptividade para “...IUM...” tem sido a melhor possível tanto dentro quanto fora do Brasil, mesmo ainda sem termos um lançamento oficial do mesmo no exterior, o que já estamos providenciando desde já. Alguns reviews o têm colocado entre os melhores lançamentos de Death Metal de 2012, além do que os comentários que temos ouvido por parte de quem a ele teve acesso têm sido muito satisfatórios num geral, e isso inevitavelmente nos deixa orgulhosos por todo o árduo trabalho desenvolvido até aqui. Logicamente existem algumas pessoas que fazem vista grossa e torcem o nariz para o que é feito do lado de cá do país, mas com esses já estamos acostumados, sempre existiram e sempre vão existir. O luto profano apenas começou...


04.  O novo álbum foi lançado nacionalmente pela Mutilation Records em versão CD Digipack, bem caprichado... O que achou dessa versão? Ainda pode rolar uma versão em LP pela própria Mutilation? Acho que uma versão em LP e CD pra escolhermos seria o ideal...
Baloff: Lançarmos nossos álbuns em vinil é sempre como uma prioridade para nós, então independente de qual selo será o responsável por esse lançamento, ele certamente estará disponível em breve. Ficamos muito satisfeitos com a versão em Digi CD via Mutilation/Eternal Hatred Records, tudo saiu exatamente como havíamos planejado! Tanto a versão CD quanto a versão LP européia virão com uma faixa bônus. Aguardem!

05.  Existe alguma proposta por parte de alguma gravadora para relançar todos os álbuns do Headhunter DC em LP ou CD em um Box?
Baloff: Existe sim, e isso só ainda não se concretizou por motivos contratuais relacionados aos nossos 2 primeiros álbuns, mas estamos na esperança que tudo se resolva da melhor forma e que isso se concretize muito em breve. De qualquer forma, segundo informações vindas da Mutilation, o “Born...” e o “Punishment...” estão na fila para serem lançados em Picture disc como o selo tem feito com alguns clássicos da Cogumelo, como “I.N.R.I.”, “Schizophrenia”, “Immortal Force”, “Morbid Visions” e outros, assim como também estamos negociando o lançamento do “...And The Sky...” em LP para breve.

06.  Como é o suporte dado pela Mutilation para as bandas do seu cast? O novo disco foi todo bancado por eles?
Baloff: Já havíamos trabalhado com a Mutilation no lançamento do “...ATSTTB...” em 2000 e criamos uma ótima relação com o Sérgio Tullula, tanto que essa parceria viria a se repetir 12 anos depois. Nosso acordo com o selo é basicamente o mesmo que fizemos anteriormente, ou seja, ficamos a cargo da gravação e arte de capa + layout do álbum e eles prensaram e estão distribuindo, com a diferença que o selo hoje está com uma estrutura bem melhor do que há 12 anos, podendo assim dar um suporte maior às suas bandas contratadas. Estamos muito satisfeitos com mais essa parceria com a Mutilation Records!

 
  
07.  Esse foi o primeiro trabalho que você fez as letras e as músicas, além da produção, certo? Como foi essa experiência pra você? Ficou satisfeito com o resultado final? Você pretende produzir registros de outras bandas?
Baloff: Um pouco da história da concepção de “...IUM...”, desde quando suas primeiras músicas começaram a ser compostas até o lançamento do álbum é contado um pouco por mim em um texto publicado no booklet do CD, e como disse lá, foi como um grande desafio para mim criá-lo e produzi-lo na íntegra, mas no final tudo valeu a pena, pois ficamos muito satisfeitos com o seu resultado final e cada um dos membros da banda tem a sua parcela de importância nisso. Eu já tive a oportunidade de fazer algumas pequenas produções de outras bandas anteriormente, mas nunca me dediquei realmente para dar continuidade à essa atividade de forma profissional. Talvez, quem sabe, num futuro não muito distante...

08.  Qual o contexto lírico em torno de In Unholy Mourning?
Baloff: A parte lírica de “...IUM...” confunde-se com meus próprios pensamentos, ideias e opiniões concernentes à podridão da cristantade e das religiões num geral. Basicamente é como uma continuação de “God’s Spreading Cancer...”, algo que eu poderia chamar de “anticristianismo com essência”, diferente de toda essa blasfêmia pueril e barata que vemos por aí – do tipo “pau no cú da virgem Maria” e por aí vai... Lendo letras como “Dawn of Heresy” e “Deny the Light”, por exemplo, todos entenderão o que estou dizendo. A morte também é mais uma vez focada dessa vez, sempre sob uma ótica de culto e contemplação ao inexorável destino de todos nós.

09.  Por que “...In Unholy Mourning...”, e não “…In Unholy Afternoon..” ou em “In Unholy Evening…”(risos)?
Baloff: O problema é que a tradução não foi feita corretamente por você, haha! Você certamente se confundiu entre o “mourning” (luto) do título do álbum e “morning”, que significa “manhã”. Não raro algumas pessoas realmente se confundem com relação às duas palavras, certamente pela similaridade entre ambas. E a propósito, a tradução livre do título do álbum é “...Em Luto Profano...”, ok?

10. Esse foi o primeiro trabalho da banda gravado por Daniel Beans (bateria) e George Lessa (guitarra)... A nova formação possui praticamente duas gerações, com integrantes mais velhos e mais novos, desculpa a indiscrição (risos). Isso ajuda, atrapalha ou não interfere em nada?
Baloff: É no mínimo interessante possuir integrantes com a mesma idade da banda, como no caso o Daniel, ou ainda mais novo que a mesma, como o George, mas felizmente nunca chegamos a ter nenhum choque de ideias com relação à banda ou às músicas em si, mas às vezes é inevitável que a diferença de idade causa alguma discordância em outros assuntos, mas felizmente nada que venha a prejudicar o desenvolvimento da banda – ou pelo menos nada que seja relevante a ser citado aqui... O importante é que ambos tenham o pode de absorver a essência da banda do jeito que deve ser, independente da idade de cada um, e felizmente é isso que acontece em suas relações com  o Headhunter D.C..

11.  Vocês tem feito muitos shows, não? Vocês possuem trabalhos paralelos a banda ou já conseguem viver só da música? Se não, ainda sonham com isso?
Baloff: Sim, felizmente nosso novo álbum tem gerado alguns bons frutos, entre eles uma turnê que já abrangeu boa parte do país, com alguns shows simplesmente memoráveis. Viver de Metal no Brasil ainda é uma grande utopia, então temos os pés bem fincados na realidade com relação a isso, e sendo assim todos têm suas atividades extra-banda, sendo que apenas eu me dedico em tempo integral ao Headhunter D.C.. De qualquer forma, seria muito bom podermos algum dia viver apenas da música que fazemos, e digo isso também em nome de outras bandas que trabalham sério e que também merecem essa conquista, mas infelizmente isso ainda trata-se de um sonho distante...




 12.  O que falta para que as bandas sul-americanas consigam viver da sua própria música assim como as norte-americanas e européias?
Baloff: Eu acho que isso é mais uma questão de cultura do que qualquer outra coisa. Lá fora a cultura metalhead é respeitada, e se você tem uma banda, ou um selo ou uma distro isso é considerado como emprego, sim, e até regulamentado em alguns casos. No Brasil, o erro já começa com o que é considerado como “música” pela sociedade, então obviamente nesse quesito estamos numa grande desvantagem...

13.  O Headhunter DC já está na cena há muitos anos... Como você compararia o underground de 20, 10 anos atrás perante o atual?
Baloff: Sempre faço esse tipo de comparação sob duas óticas, vendo todos os prós e contras de ambas as épocas. Os anos 80 e início dos anos 90 eram épocas mágicas, épocas de revolução e inocência, duas palavras que por serem tão antagônicas, funcionaram tão bem juntas durante aquele período, e que hoje infelizmente (ou felizmente mesmo, dependendo do ponto de vista) não existem mais. Atualmente vemos uma acessibilidade a tudo tão grande que tudo se tornou banal demais, ainda que essa facilidade nos traga alguns benefícios, principalmente a nós bandas, mas olhando pelo lado ideológico da cena, muita coisa boa vivida naqueles áureos tempos se perdeu e muitos valores foram trocados. Só quem viveu aquele período saberá exatamente o que estou falando.

14.  Você diria que o MP3 ajudou mais ou prejudicou mais as bandas undergrounds? Como você encara esse artifício?
Baloff: Existem também os dois lados da moeda nessa questão: logicamente que o MP3, em minha opinião, e consequentemente o download, foram como dois verdadeiros cânceres no Underground, quase que acabando com a magia do Metal encontrada nos anos de glória e tornando tudo normal, banal, acessível demais, mas isso é uma visão ideológica da coisa e que pra mim é a que realmente importa, porém, não serei tão extremo a ponto de renegar a importância dessa e de outras ferramentas no sentido da praticidade e interatividade na cena. Infelizmente o formato virtual acabou se sobrepondo ao formato físico dos materiais num âmbito geral, e isso derrubou a valor dado a cada um desses materiais conquistados a níveis baixíssimos. Felizmente, ainda existem aqueles que mantém a tradição dos formatos físicos viva, mantendo, assim, a velha chama do verdadeiro Metal Underground acesa como nos velhos tempos.


15.  Por que deus e o cristianismo são os cânceres do mundo? Como você acha que seria o mundo sem eles?
Baloff: Veja quanta gente, quantos povos e quantas culturas foram dizimadas e quanta corrupção e violência de todos os tipos continua sendo proliferada mundo a fora em nome de Deus e do cristianismo e saberá a resposta para essa pergunta. Um mundo sem “Deus” e sem cristianismo certamente seria um mundo mais livre e menos hiopócrita, com as pessoas andando com os seus próprios pés e pensando com o seu próprio cérebro.

16.  Lembro-me que há cerca de dez anos atrás, conversando contigo, você falava sobre as bandas brasileiras que vão pra Europa pra tentar a sorte, na maioria das vezes às escuras, passando fome, sede e frio, geralmente tendo que bancar passagem, isso quando não tinham que bancar alimentação e estadia... Como você encara esse sonho de tocar no velho continente o qual faz parte de muitas bandas? É por esses e outros motivos que o Headhunter DC nunca tocou no velho continente?
Baloff: Também. Eu sempre disse que nós do HDC nunca tivemos aquela obsessão de tocarmos no exterior a qualquer custo como algumas bandas nacionais costumam ter, geralmente levando-as a más experiências disfarçadas de “sucesso”, mas por outro lado admiro aqueles que metem as caras e apostam em seu trabalho, porém nesses casos a honestidade no trabalho e um pouco de bom senso sempre deve prevalecer. Sempre fomos muito cobrados em tocar no exterior, sendo nós uma banda com 25 anos de estrada, enquanto bandas com bem menos tempo já fizeram 2, 3 turnês lá fora, mas alguns aspectos influenciam nisso, e entre eles logicamente está a falta de uma estrutura e planejamento melhor para que tenhamos as condições básicas para mostrarmos nosso trabalho numa investida desse porte. De qualquer forma, como já deve ser do conhecimento de todos, acabamos de ser convidados para tocarmos na 16ª edição do festival SWR Barroselas Metal Fest em Portugal em abril desse ano, e estamos bastante honrados, orgulhosos e também ansiosos por essa confirmação, tanto pelo reconhecimento por parte da produção do evento quanto por estarmos dividindo o palco com nomes como Possessed (mais uma vez), Pentagram (EUA) e outros. A ideia é aproveitarmos essa ida a Portugal e realizar uma tour de 20 dias pela Europa no período entre abril e maio, dando continuidade às comemorações de 25 anos do Culto da Morte. Vamos ver o que acontece. Mais infos em breve.

17.  Vocês têm planos pra lançar um DVD? Que músicas não poderiam faltar?
Baloff: Gravarmos um DVD também está entre os planos mais imediatos da banda, e se conseguirmos colocar isso em prática ainda esse ano seria perfeito, pois seria mais um lançamento para sintetizar esse ¼ de século ininterruptos de atividades do Headhunter Death Cult. Algumas músicas-chave realmente não poderiam estar de fora de um lançamento como esse, e entre elas certamente estariam “Am I Crazy?”, “...And The Sky Turns To Black...”, “Forgotten Existence”, “Death Vomit”, “God’s Spreading Cancer...”, “Winds of Death”, “Conflicts of the Dark and Light” entre outras.




18.  A banda já chegou a se mudar pra São Paulo, estou certo? Pensam em voltar pra lá?
Baloff: Não, nunca chegamos a nos mudar para São Paulo, apesar de já termos cogitado essa possibilidade algum tempo atrás. Na verdade moramos durante quase todo o ano de 1993 em Belo Horizonte, ano em que gravamos o “Punishment at Dawn”. De qualquer forma, tenho muita vontade em passar uma temporada em São Paulo com a banda, mas infelizmente isso não depende apenas de minha vontade e disponibilidade. Vejamos o que poderá acontecer mais à frente...

19.  O que o Headhunter DC significa na sua vida?
Baloff: Headhunter D.C. é como uma extensão de minha própria vida, definitivamente não consigo me imaginar sem a banda. É algo que está muito além do que apenas tocar Death Metal, e isso pouquíssimas pessoas entendem ou entenderão algum dia.

20.  Particularmente falando, ...And The Sky Turns To Black..., é o meu album favorito da banda, assim com sua magnífica capa. Você diria que o trabalho citado é o favorito na maioria dos seguidores do Headhunter? Qual o seu álbum favorito da sua banda?
Baloff: Sem hipocrisia, demagogia ou clichês baratos, o meu álbum favorito do Headhunter D.C. sempre será o último, caso contrário não faria mais sentido estar gravando e lançando trabalhos novos, pois a “busca” teria acabado, se é que me entende. Esse lance de álbum favorito varia muito entre os fãs e admiradores do Culto, realmente muita gente cita o “...ATSTTB...” como o melhor, enquanto que outras preferem o debut, outras o “Punishment...”, “God’s...”, enfim, gosto dessa diversidade nas opiniões sobre cada trabalho nosso, pois prova, entre outros aspectos, a grande diversidade alcançada em cada álbum lançado, mas sempre mantendo, é claro, nossa identidade intacta, algo não tão comum de se ver nos dias atuais.


21.  Você diria que a turnê de vocês sul-americana foi um dos ápices da carreira do Headhunter? Alguma previsão para outra tour fora do país?
Baloff: Eu diria que sim, foi algo mesmo muito importante em nossa carreira, principalmente por ter sido o primeiro giro fora do país. Também, conferir ‘in loco’ algumas cenas as quais já acompanhava desde o final dos ‘80’s, como a chilena por exemplo, foi algo que realmente sempre imaginei fazer. Sobre outra tour fora do país, falei sobre isso numa das questões anteriores, mas também queremos voltar a fazer um giro pela América do Sul, principalmente em alguns lugares onde ainda não tocamos, como em Lima, no Perú, Colômbia, Venezuela, entre outros.

22.  Cite por gentileza 10 clássicos do Metal:
Baloff: Piece of Mind, Master of Reality, Haunting the Chapel, Seven Churches, Powerslave, Dawn of Possession, Scream Bloody Gore, Black Metal, In the Sign of Evil e Emperor’s Return.

23.  Li no blog Metal Samsara, que vocês pretendem relançar o Live Tape (2002) e um possível split 7” ou 10” com uma banda de fora, ano que vem... O que poderia nos adiantar sobre esses lançamentos?
Baloff: O Live Tape 2002 será relançado em CD pela Eternal Hatred Records ainda nesse primeiro semestre de 2013, algo que já vínhamos planejando há bastante tempo, principalmente pela grande procura por esse material, já que a versão em cassete havia saído de forma extremamente limitada em apenas 100 cópias. Já esse split sobre o qual falei no Metal Samsara por enquanto está em ‘stand by’ devido a outros projetos mais urgentes que temos atualmente, mas já estamos com uma música nova pronta para esse lançamento e outra sendo desenvolvida. Mais news a respeito muito em breve...

24.  Agradeço imensamente pela entrevista. Desejo sorte nos shows e na divulgação de In Unholy Mourning! Long Live The Death Cult!
Baloff: Eu é que agradeço pelo espaço cedido no Penumbra ‘zine, Rodolfo! A todos os leitores, fãs, irmãos e admiradores do Headhunter D.C., confiram “...IUM...”, mantenham-se brutais e continuem seguindo o Culto! ALL HAIL!!!!!!!!!!!!!! SALVE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!