terça-feira, 25 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Entrevista: FERNANDA TERRA!
FERNANDA TERRA: pegada, técnica e beleza nas baquetas!
Não se deixe enganar por esse rostinho lindo... Fernanda Terra é uma das bateristas mais talentosas que já tive o prazer de ver e ouvir, infelizmente não ao vivo... Fernanda ficou conhecida no meio Metal após ter tocado na Nervosa, banda feminina de Thrash Metal, grande revelação do estilo, na qual a grande baterista gravou Time Of Death (lançado em vinil no exterior pela Napalm Records, limitado em 150 cópias) e no Brasil em formato de Demo, ambos formatos contendo as mesmas músicas, 3 faixas de um Thrash Metal vigoroso, aonde Fernanda mostra toda sua habilidade e pegada nas baquetas... Fernanda é endorser de grandes marcas como o da bateria Sonor e pratos Paiste, além de dar aulas em uma das escolas mais conceituadas do país, a Bateras Beat. Conversei com esse grande fenômeno das baquetas... Fernanda Terra!
01. Olá Fernanda, como vai? Primeiramente gostaria de te parabenizar por toda sua carreira, toda sua técnica com as baquetas, e pelos seus 20 anos de bateria. Perdoe-me, mas não tem como não tocar no assunto, acho que todo mundo ficou chocado... O que levou a sua saída da Nervosa? Vocês eram grandes amigas, não? Você já está tocando em uma nova banda?
Fernanda: Antes de tudo, obrigada!
É todo mundo tem me perguntado isso, eu saí pq não tava mais rolando pra mim, não consigo levar nada adiante se não estou feliz.
Já estou tocando sim, mas a banda ainda não tem nome, logo mais teremos material pra mostrar. A banda tem influências de Slayer, Pantera, Suicidal Tendencies, Death e Sepultura. E to planejando algo com a Karen que tocava na Nervosa.
02. Você começou a fazer aulas de bateria em 92, certo? Mais ou menos depois de quanto tempo você já estava tocando em uma banda? Qual foi sua primeira banda?
Fernanda: Eu já comecei tocando em banda, fui fazer aula pra tocar direito na banda do meu irmão que tava sem baterista, a gente tocava cover de Metallica, Iron Maiden, L7, Ramones e tinha música própria também. Essa banda não tinha nome, alias minhas primeiras bandas não tiveram nomes e também não saíram da garagem.
03. Desde então você não parou mais de tocar, passou por varias bandas de hardcore e punk do underground brasileiro como Food 4Life, Baby Scream, hellas, Touching Lips, No Fashion, Final Fight, Gutter Cats, Lyrex, entre outras. Você pode e ainda tem vontade de voltar a tocar em uma banda de hardcore ou punk ou pensa em se especializar e se dedicar cada vez mais ao Metal? Quais as diferenças técnicas na forma de tocar uma bateria de punk, hardcore e uma de Metal?
Fernanda: Eu to curtindo tocar metal, quando eu montei a Nervosa eu tava procurando mulheres pra tocar metal, usar pedal duplo de novo, e colocar um pouco de ritmo brasleiro e latino e não matou minha vontade por isso to montando essa nova com o mesmo conceito, só que de mulher sou só eu e a baixista. Mas eu to gravando o cd novo do Excomungados (banda de punk rock clássica aqui do Brasil) e sempre vou ouvir punkrock/hardcore.
Eu acho que tocar metal é mais legal que punk, pq da pra vc colocar mais notas, fazer uma levada mais complexa, usar pedal duplo, no punkrock se vc enche de notas fica fake, perde a essência punk, e por isso acho mais legal tocar guitarra numa banda punk, quem sabe um dia...
04. No final de 2008, você lançou o cd "Quem de medo corre, de medo morre" com a banda Final Fight, e esse ano o Demo-EP (demo no Brasil, e Vinil no exterior) com a Nervosa. Esses são os seus únicos trabalhos lançados?
Fernanda: Não, além do Final Fight, lancei cd com o Food 4 Life também e tenho algumas outras demos lançadas também além da Nervosa, coletâneas, e algumas participações especiais.
05. Você tem patrocínio da bateria Sonor, pratos Paiste, peles Aquarian, baquetas Alba, cases Hellocase... Como se deu essas parcerias? Eles que entraram em contato contigo? Há quanto tempo você tem esses patrocínios? Você recebe alguma ajuda ou apenas os materiais para trabalhar?
Fernanda: Sim, eles que entraram em contato comigo, quando eu ia atrás eu não conseguia nada rs, hoje em dia não preciso mais ir atrás não.
Paiste faz uns 2 anos, Sonor e Aquarian faz 6 meses, baquetas Alba acho que já faz uns 7 anos e Hellocase faz mais tempo, não sei direito. Eu recebo material pra trabalhar, que é uma puta ajuda, não tenho o que reclamar de nenhuma dessas marcas.
06. Possui algum tipo de cuidado com sua saúde? Evita ingerir bebidas alcoólicas, faz alguma dieta... Tocar bateria é um esporte?
Fernanda: Faz um mês que voltei a fazer bike endoor, fazia 2 anos que eu tava parada.
Eu não tomo refrigerante já faz uns 8 anos, mas pq eu não gosto mesmo, prefiro até água de torneira que nem é saudável rs. u sempre comi comida integral na casa da minha mãe, me acostumei e hoje em dia prefiro. Eu bebo sim, cerveja e vinho, mas hoje em dia bebo pouco.
Pra mim bateria é um esporte, tem que ter condicionamento físico, e não tem milagre isso vc só consegue treinando, ainda mais se quiser tocar estilos que exigem velocidade e resistencia como o metal, hardcore, punk...
07. Que outras meninas que tocam bateria dentro do Metal você nos indicaria a conhecer?
Fernanda: No Brasil eu gosto da Adrismith do Pandora, Ariadne do Valhalla, Julie Sousa do Mortarium, tem várias bateras bacanas...Fora do Brasil eu gosto da Linda Mcdonald, Mercedes Lander, Lux Drummerette e Meytal Cohen.
08. Por que você trocou o endorser da RMV para o da Sonor?
Fernanda: Eu achei que era a melhor coisa pra fazer no momento. Não tinha contrato temporal e sim em quantidade de bateras.
09. Qual o kit que você utilizava com a Nervosa?
Fernanda:O Kit que já usava antes e vou continuar usando, 3 tons, 2 surdos, 1 cowbell, 1 tamborim, 3 crashs, 1 china, 1 condução e 1 chimbal. Pretendo um dia colocar mais um chimbal e um bumbo a mais.
10. Para treinar em casa, o que você utiliza: bateria eletrônica, de treino ou acústica? Qual sua rotina diária e semanal de treinamento?
Fernanda: Eu não tenho batera eletrônica, eu treino no pad em casa pq voltei a morar em apartamento, mas tenho patrocínio do estúdio produssom, onde sempre vou treinar. No pad eu treino todo dia pelo menos meia hora, mas o foco é treinar de uma a duas horas. Quando vou no Produssom, eu treino normalmente de 2 a 3 horas.
11. O que é necessário para ser um bom baterista de Metal?
Fernanda: Ser criativo, saber usar rimshot e treinar muito pra ter condicionamento físico e velocidade.
12. O que você gosta de ouvir dentro da música em geral?
Fernanda: Gosto de muita coisa, metal, punk, hardcore, reggae, rock nacional dos anos 80, ska, rockabilly, psychobilly...
13. Há quanto tempo você já dá aulas de bateria? Você vive disso? Possui alguma formação: faculdade, curso técnico...? Algum dos seus alunos já está em alguma banda? Como é o seu processo de ensino?
Fernanda: em 98 eu dei um pouco de aula, parei e comecei de novo em 2010, eu vivo disso e as vezes faço freelance de design gráfico nas horas livres. Eu sou pós graduada em design, antes levava a música como plano B mas sempre levei a serio e o hobbie virou primeiro plano.
Tenho aluno que tem banda cover, não vejo a hora de algum aluno começar a tocar som próprio, aí sim vou ver o resultado do que eu criei ahaha mas a tendência com o tempo é essa mesmo, tenho uma aluna que tem banda própria mas ela já tinha antes de começar a fazer aula comigo...Meu processo de ensino já começa com leitura basica, meia hora de baqueteamento e meia hora na batera.
14. E toda essa violência aí em Sampa... Como você encara e vive com tudo isso?
Fernanda: É muito triste ver gente morrendo de graça por aqui, da um pouco de medo mas não da pra deixar de viver né? Está bem tensa a situação entre a polícia e o PCC, o jeito é se for a bairros da periferia obedecer ao toque de recolher pra não ser mais uma vitima.
15. Cite por gentileza 10 álbuns clássicos do Metal:
Fernanda:
Sepultura - Arise
Pantera - Cowboys from hell
Black sabath - Paranoid
Iron Maiden – Killers
Suicidal Tendencies – Light Camera Revolution
Motorhead - Bastards
Slayer – Show no Mercy
Death - Symbolic
Megadeth- Rust in Peace
Metallica – Kill Em All
16. Alguns bateristas utilizam kits enormes de bateria, como: Terry Bozzio(Frank Zappa), Neil Pearl(Rush), Nicko McBrian(Iron Maiden) ... Você pensa um dia em ter uma banda com uma sonoridade mais virtuosa e tendo que usar um kit de bateria enorme?
Fernanda: Ah até penso em ter uma banda virtuosa sim mas não penso em ter uma batera tipo a do Terry Bozzio não...No máximo 2 bumbos, mas sei lá né? Posso mudar isso um dia...
17. Quais os 10 bateristas mais técnicos pra você da história do Metal?
Fernanda: Mike Portnoy, Mike Mangini, Gene hoglan, vinnie paul, Dave Lombardo, Mike Terrana, joey jordison, Aquiles Priester, Derek Roddy, Carmine Appice
18. O que você diria para quem está começando a aprender tocar bateria?
Fernanda: Procurem um professor antes de criar vícios!!! Estudem o máximo que puderem! Montem banda!
19. Então Fernanda... Lugar de mulher é na cozinha (risos)? Você manda bem no fogão ou só no microondas (risos)?
Fernanda: Na minha banda nova sim ahaha
Mas falando serio, não sou muito boa não rs, faço o básico. Na minha família os homens cozinham melhor que as mulheres, meu pai teve restaurante e é engraçado ver meu irmão ensinando minha mãe a cozinhar, ela sempre preferiu trabalhar fora e acho que eu puxei a ela rsrs
20. Me diga uma coisa... Por que você é tão linda assim (risos)?
Fernanda: putz vc falou isso pra compensar a pergunta anterior né? haha...Eu não me acho linda mas sou vaidosa, me cuido, linda são minhas tattoos!!!
21. Você se vê tocando bateria por mais 20 anos?
Fernanda: Até o dia que eu morrer!!! Não sei nem o que é TPM sem espancar a batera ahaha talvez na menopausa em comece a tocar reggae quem sabe, mas parar de tocar, NUNCA!
22. Muito obrigado Fernanda pela entrevista, desejo boa sorte na sua longa carreira que ainda terá pela frente! Força e saúde! Beijo e abraço!
Fernanda: Obrigada!!! Sucesso pra vc também! Valeu pela oportunidade!!!
www.fernandaterra.com
sábado, 8 de dezembro de 2012
POISONOUS: entrevista e review!
POISONOUS, mais uma banda brasileira que nos enche de orgulho. Praticando um Death Metal extremamente... Fúnebre... Podre... Grandioso! Mais uma grande banda de Metal de Salvador, que apesar de não ter uma cena do cacife das suas bandas, possui cada vez mais bandas da mais alta patente. Conversei com o vocalista/guitarrista Michael Hellrif, que cedeu gentilmente essa entrevista.
01. Saudações! Primeiramente gostaria de parabenizar você e a
banda por ter nos presenteado com grandes registros: o demo Demo
2009 e o full-lenght Perdition’s Den
(2010), os quais tive o prazer de adquirir pelas mãos do brother Alex Rocha
(bateria). Como foi pra vocês terem gravado esses grandiosos trabalhos?
Michael: Nós
saldamos você e vossos leitores com o veneno da morte!!!
Grato pelas
palavras dedicadas aos nossos artefatos de caos.
Ter gravado uma
demo e um Disco para nós, nada mais é do que a realização pessoal de cada um.
Isso já era predestinado em virtude de toda a nossa dedicação, trabalho e muito
esforço. Nós vivemos no Submundo e as coisas sempre são mais difíceis para
seres das trevas como nós. Por isso eu afirmo que tudo que vier a ser feito
pelo Poisonous, sempre será motivo de orgulho total assim como foi com nossa
demo e nosso álbum , assim será com tudo o que tiver qualquer ligação com a
nossa banda.
Death Metal
Command!!!
02.
Como
tem sido a aceitação e divulgação desses materiais no underground? Os mesmos
ainda podem ser adquiridos?
Michael: A aceitação não poderia ser melhor do que tem
sido.
Sempre estamos em contato com pessoas sérias e
que realmente defendem a causa, reconhecendo assim, de forma sincera e honesta
o nosso trabalho que ainda pode ser adquirido, pois ainda temos a versão em
Viníl do "Perdition's Den" Assim como a Demo .
03.
Gostaria
de parabenizá-los novamente... O vinil de Perdition’s Den ficou belíssimo! Ter
um disco lançado em LP é uma vitória a mais? Qual a sensação?
Michael: Com
certeza é uma vitória metalizada e poderosa ter seu disco lançado nesse formato
antológico e nostálgico, todos nós Metal Heads que tivemos nossa iniciação
nesse estilo de vida magnífico, e tivemos a oportunidade de escutar os ritos
macabros e caóticos de bandas
maravilhosas em viníl, sentimos uma sensação de nostalgia de tempos que não
retornam mais. O que nos resta é conservar essa energia que ainda reside em
pouquíssimas pessoas que realmente defendem essa causa hoje da mesma forma que
defendiam a tempos atrás.
Pode ter certeza
que para o Poisonous é uma vitória impagável e poderosa ter conquistado esse
pesadelo.
"As sensações
são inexplicáveis em palavras"...
04.
Em
Perdition’s Den o Poisonous conseguiu
criar uma atmosfera extremamente obscura e maléfica em suas músicas, a lá
Morbid Angel em Altars Of Madness. A banda tinha como objetivo alcançar esse
tipo de sonoridade ou foi algo que aconteceu naturalmente?
Michael: A
atmosfera do Perdition's Den é constituída de vários elementos, e o principal
deles está na maneira como nós somos em nosso dia a dia e isso se refletiu com
muita propriedade em nosso material. Somos seres que gostamos da escuridão,
caminhamos nas sombras desse mundo arruinado e consumido pela alienação. Nós
exaltamos a morte! O perdition's Den não poderia soar de outro modo que não
fosse mórbido, caótico e venenoso!
Como apreciadores
do precioso que somos, logicamente que apreciamos muitas coisas, tais como:
Slayer (show no Mercy), Sepultura (Morbid Visions / Bestial Devastaion), Celtic
Frost (old), Hellhammer, Possessed, Morbid Angel, Sadistic Intent, Napalm Death
(old), Samael (Worship Him), Black Sabbath, Venon, Sodom, Mercyful Fate, entre
muitas outras coisas...
05.
O
principal tema abordado nas letras da banda é o anti-cristianismo, estou certo?
Como vocês encaram deus e o Diabo?
Michael: Somos músicos dedicados, e não saímos compondo
de qualquer maneira e falando sobre qualquer coisa de forma desordenada apenas.Usamos como um de nossos tópicos o Anti-Cristianismo
sim! Por termos convicção plena de que esse é realmente o grande câncer deste
mundo. Porém... Não utilizamos esse conceito por se tratar de algo previsível e
óbvio dentro do Metal.
Nós não apreciamos
nenhum tipo de Religião! Somos seres livres assim como deveriam ser os animais
irracionais. Se não fosse a presença suja e irregular da ignorância humana.
Não vedamos a nossa
inteligência, por isso não poderíamos seguir algo que foi estrategicamente
criado pelos homens para dominar as gerações.
Nós mantemos uma
postura inversa a que é imposta pela sociedade, nós cultuamos a liberdade! Não apreciamos nenhuma religião. Deixamos
isso para os fracos!!!
Fodam-se as Religiões!
Que a força do
precioso esteja com os verdadeiros lunáticos apreciadores da arte negra!
06.
De
onde tirar inspiração para escrever letras tão profanas já que vivemos em um
país tão cristão?
Michael: O que nos
inspira? Hahahahaha... Essa eu respondo com o maior prazer!
Nosso dia a dia, a
maldição que carregamos por termos nascido nesta terra falida, a convivência
com seres inferiores, o ódio que sentimos por termos que suportar vê-los
rotineiramente, a agonia de vê-los vivos e não podermos aniquilá-los.
O repúdio contra a
hipocrisia da raça humana, a ira que sentimos contra essa falsa fé que as
pessoas insistem em ostentar, etc... São
muitos os motivos que nos inspira. O principal deles é a própria arte negra, a
atmosfera que a música profana nos proporciona.
O Metal é
precioso!!!
07.
A
capa de Perdition’s Den é extremamente simples, ao mesmo tempo que é
extremamente doentia e macabra, foda! Vocês tinham essa simplicidade e
grandiosidade como objetivo? Quem fez a arte da mesma?
Michael: Sim! Nós almejávamos algo macabro e doentio que
soasse meio tosco porém com grande impacto de horror e bizarrice e que tivesse
o mesmo vigor em tenebrosidade que as nossas músicas. Com certeza alcançamos
nosso objetivo de loucura.
O irmão Alex Rocha é o autor da ideia da capa que foi
redesenhada por Fenriz.
08.
O
logo da banda foi criado pelo gringo Christopher S., que já criou vários pra
bandas brasileiras. Como se deu o contato com ele e como foi a criação do logo,
a banda disse como queria o mesmo ou o deixou livre para criar?
Michael: O contato
foi feito pelo Irmão Alex Rocha, que já o conhecia a algum tempo e o processo
de confecção de nosso magnífico logo houve de maneira em que dizíamos a ele
como queríamos e ele ia evoluindo o trabalho conforme nossas orientações.
09.
Foram
usado teclados em Perdition’s Den? Que discos de Death Metal com uso desse
instrumento você aprecia?
Michael: Citarei alguns apenas, pois gosto de muita
coisa mesmo.
Lá vai!
Morbid Angel - Altares of Madness, Brutality - screams
of anguish, Head Hunter DC - punishment at Down, Exmortis (Usa) - Fade From
Reality, Vital Remains - Let us Pray,
Entombed - Left Hand Path. Entre muitas outras.
10.
A
banda deve incluir uma segunda guitarra ou deve continuar como um Power trio?
Quais os pontos positivos e negativos de se ter uma formação tão enxuta?
Michael: Os pontos positivos são as possibilidades na
hora de compor, é possível enriquecer muito mais as músicas com 2 guitarras. A
desvantagem é na hora de viajar por exemplo, quando a banda possui muitos
componentes, tudo é em maior demanda, os gastos, o espaço que a banda ocupa em
um carro por exemplo etc... Como tudo tem vantagens e desvantagens, isso não
seria uma exceção.
Nós temos vontade
de anexar outra guitarra a banda, mais já fizemos algumas tentativas e como
nenhuma deu certo no momento iremos continuar como estamos.
11.
A
cada dia que passa aumenta a proliferação do evangeli$mo no nosso país, parece
que os evangélico$ estão se tornando mais fortes e mais ricos que os católico$,
e parecem estar tomando conta do poder... A cada dia que passa parece ser mais
difícil ser ateu em um país cri$tão como o nosso. Para nós homens achar uma
mulher que tenha dito NÃO ao cri$tiani$mo é como achar uma agulha no palheiro. Como
você encara tudo isso?
Michael: Cara, é lógico que o evangelismo está
crescendo... É óbvio que todos estão percebendo o quão lucrativo é vender um
produto que eles não compram. Hauhauhauhu.... A tal palavra de $Deus$. Que é
algo que qualquer um com poder de persuadir alguém pode fazer.
Qual quer filho da
puta vira pastor hoje em dia, dentro dessas igrejas existem até aulas ensinando
como confundir a mente dos ignorantes fracos.
Só os mais fortes
sobrevivem e os mais fracos cedem!
fuck the bible and its followers!
12. A
banda tem planos de fazer uma tour pelo Brasil e/ou exterior? Com que bandas
sonham em um dia dividir o palco?
Michael: Bom cara... Nós não vivemos de sonhos e sim de
pesadelos! E como as coisas aqui são meio difíceis, o que posso lhe dizer é que
iremos continuar nosso trabalho com o mesmo empenho de sempre.
Quando for a nossa
hora, não há nada que nos impedirá de espalhar o nosso veneno!
Existem bandas que
gostaríamos sim de dividir Palco sim, claro! contudo, essa resposta sobre com
quem iremos rachar os próximos altares da loucura, deixarei a cargo do tempo.
Os contatos
referentes ao Poisonous tocar fora sempre rolam, mais ainda não temos nada
certo, estamos estudando algumas possibilidades. É o que eu posso adiantar.
13.
Vocês
tocam bem pouco em Salvador, não? O único show que fizeram esse ano foi o de
abertura do Assassin? A falta de bons espaços para shows de Metal é um fator
que pesa?
Michael: Na verdade
cara, são vários fatores que colaboram para uma não consistência de bons shows
aqui em Salvador.
A falta de apoio
por parte de organizadores de shows é uma delas, pois querem que as bandas
sempre se submetam ao que eles querem não dando o devido apoio que as bandas
precisam. Eles precisam ter consciência de que quem leva o público para eles
ganharem dinheiro, somos nós que ralamos, gastamos muito dinheiro com estúdio,
transporte, equipamentos, manutenção desses equipamentos, dinheiro com gráficas
etc... Gastamos muito para gravar um material descente e no fim, após
conquistarmos alguns adeptos de nossa arte bizarra! Esses caras que organizam
shows não nos dão ao menos um gole de água praticamente. Outro fator é a falta
de consciência do próprio público. "Não todos" Pois aqui tem muita
gente que é realmente dedicada a defesa da causa, porém... sempre tem um ou
outro grupo que se junta para bagunçar e brigar, ou coisas do tipo. Isso também
não é positivo por que as casas de show
pouco a pouco vão obtendo maior preconceito com relação a eventos de Metal.
Mais em fim...
Temos que continuar fazendo nosso trabalho não é mesmo?
Na verdade não
fazemos questão de tocar toda hora, nos preocupamos apenas com nossa obra
mesmo.
14.
Você
diria que Erik Rutan (Hate Eternal) Karl Sanders (NIle) e Terrance Hobbs
(Suffocation ) estão entre os guitarristas mais técnicos do Death Metal? Quais
as suas maiores influências no estilo?
Michael: Dos que vc citou, o Terrance hobbs realmente é
muito bom, mais prefiro guitarristas que passem mais feeling e atmosfera, tais
como: Chuck do death (RIP / Immortal!!!),
Trey Azagthot, kery King, jeff hanneman,Tony Iomme,Danny Collares, Entre
outros...
15. Quando
pretendem lançar um novo registro? Já possuem novos hinos da morte para tal?
Michael: Não temos pressa. Quando julgarmos que
alcançamos o teor suficiente de loucura, aí sim! estaremos prontos para entrar
em estúdio. Temos muitos Riffs e algumas letras e algumas músicas já
prontas. Acredito que não tardemos muito
a conceber mais um álbum.
16.
O
último álbum do Morbid Angel, Illud Divinum Insanus, parece ter decepcionado a
maioria dos fãs da banda devido ao seu grande experimentalismo. O que você
achou desse disco? O Poisonous pode fazer algo do tipo um dia?
Michael: Cara, eu
só vou responder essa pergunta por você não nos conhecer pessoalmente.
Cara, como
apreciadores da banda que somos, lógico que conferimos, até para que não fazer
um julgamento pré-cose sobre o ábum. Porem realmente não gostamos de alguns
elementos que foram utilizaram nesse material e eu particularmente só achei a
música "Nevermore" interessante. Eu acho que uma banda pode sim
inovar e explorar mais suas criatividades pois não há limites para música,
porém acredito que uma banda não deve exagerar e acho que o correto é manter a
sua essência intacta.
Por exemplo: O
"Blessed are the Sick" é um album totalmente diferente do "Altars
of madness" em minha opinião. E isso acontece com outros discos deles,
porém eles não perderam a sua essência e conseguiram mostrar seus talentos como
músicos entende?
17.
Como
é ter uma banda de Death Metal em Salvador, que eu diria que é o underground do
underground?
Michael: Eu
penso que quem tem o precioso correndo nas veias, não se importa onde e em que
situação esteja, e nem com que tipo de povo você seja obrigado a conviver.
Quem é Undergroud
mesmo cara, sobrevive a tudo isso! Realmente
você viver onde impera o axé Music e o pagote etc... É bem complicado. As
coisas não se desenvem com mais veemência . Mais no Rio de Janeiro, por
exemplo... Que eu acredito que o que predomina lá é o Fank entre outros estilos
de música, não seja muito diferente. porém... Os Irmãos que defendem o precioso
lá, certamente não se importam e mesmo com todas as dificuldades e
preconceitos, eles devem fazer como nós. Apenas deixam o precioso fluir, sempre
defendendo-o com todo o rigor, seriedade e dedicação.
18.
Você
e os outros integrantes da banda ouvem só Metal? Particularmente você, o que gosta de ouvir e
o que ouve de mais inusitado?
Michael: Basicamente
sim! Porém eu aprecio algumas coisas como: Blues, Jazz, Rock in roll, Hard
Rock, e Música clássica fora o Metal.
Meus companheiro de
banda Também apreciam os estilos citados acima.
19. Cite
por favor 10 álbuns clássicos do Metal:
Michael:
Slayer - Show no Mervy
Samael - Worship Him
Sepultura - Morbid Visions / Bestial devastation
Iron Maiden - Killers
Black Sabbath - Master of reality
Morbid Angel - Altars of Madness
Death - Scream Blood Gore
Venon - Black Metal
Bathoty - Bathory
Kreator - Pleasure to Kill
20.
Para
quem você votou na última eleição para prefeito aqui em Salvador e por quê?
Acha que ACM Neto pode fazer um bom governo?
Michael: Meu voto é
sempre nulo, não acredito em governo!
Morte ao governo!
21.
Quais
as última entrevistas cedidas pela banda para que possamos ter outras boas
leituras...?
Michael: Necromaniac, Revelações Abissais, Necroscope,
Call to the Infernal Hordes, Satanic Malediction, Sepulchral Voice, Downtuned
and Morbid, Osculum Obscenum..., alguns web zines também.
22.
Agradeço
pelo suporte ao Penumbra e pela gentileza em responder essa singela entrevista!
Esperamos um novo registro grandioso do Poisonous! Vida longa! FOREVER
UNDERGROUND!
Michael: Nós que agradecemos a oportunidades de vomitar em vosso
espaço e poder mostrar um pouco de nossas visões e expressar as nossas ideias
sem qualquer merda de censura.
Podem esperar por
um próximo álbum mais maduro e ainda mais lunático.
Poisonous!!!
O Death Metal é
precioso!!!
CONTATOS:
poisonousdeathmetal@yahoo.com.br
P.O. Box - 6955
AC - Pituba
41810-971
Salvador - BA
Brasi
l
Full-lenght: Perdition's Den - 10 faixas - 37:03 - 2010 (disponível em LP e CD).
Formação: Alex Rocha (bateria), Michael Hellriff (vocal e guitarra), e E.Evil (baixo).
Glorioso! O Poisonous lança seu primeiro full-lenght com força total, e talento total também. Perdition's Den é Death Metal em sua mais pura essência e sentimento, gravado por três almas profanas, que conseguem transmitir toda a essência obscura e caótica do Death Metal. Ouvindo Perdition's Den nossos sentimentos mais obscuros vem à tona, o power trio consegue criar uma atmosfera extremamente fúnebre em suas músicas, algo como em Altars Of Madness - Morbid Angel, And The Sky Turns To Black - Headhunter DC... Basicamente o que vemos na capa do álbum é o que ouvimos no disco, realmente foi um casamento profano perfeito. As músicas são bem pra frente, com uma velocidade constante, a bateria de Alex Rocha é bem criativa, rápida e brutal, grandes bumbos, já a guitarra de Michael Hellriff consegue criar riffs densos e maléficos, e seu vocal parece vim das profundezas de um subterrâneo, e o baixo de E. Evil dá o peso necessário para que Perdition's Den seja essa grande obra de arte. Clássico!
domingo, 2 de dezembro de 2012
ESCARNIUM: entrevista e review!
Mais uma grande banda de Death Metal, da capital baiana, Salvador. Mantendo a tradição em revelar grandes nomes para o cenário Death Metálico, o ESCARNIUM, só veio ainda mais pra fortalecer a cena de sua cidade, do país e do mundo. Em pouco tempo de banda já lançaram grandes registros e puderam fazer uma grande turnê pela Europa. Conversei com o vocalista/guitarrista Victor Elian, que gentilmente cedeu essa entrevista.
01. Saudações
Victor e ESCARNIUM! Primeiramente gostaria de parabenizar você e a banda por
esses grandes registros já lançados: Covered In Decadence (Demo 2009),
Celebration The World of Decadence (Split 2010), Rex Verminorum (EP 2011),
Decrepit Aberration (Split 2012) e Excruciating Existence (Full-lenght 2012). A
banda tem como objetivo lançar um trabalho a cada ano pelo menos? Como tem sido
a divulgação e aceitação desses materiais no underground e quais deles ainda
podem ser adquiridos?
VE- Antes de tudo gostaria de
agradecer pela entrevista e pelas congratulações, será um prazer responder a
todas as suas perguntas.
Não temos nenhuma meta, coincidiu que desde 2009 tem saído um material por ano mas não é algo planejado, cronometrado, simplesmente aconteceu. Só estamos dando continuidade a todas as ideias que temos. A aceitação tem sido muito positiva desde a Primeira demo lançada(Covered in Decadence). O Ep Rex Verminorum foi eleito com um dos melhores lançamentos de death metal no ano de 2011 não só aqui no Brasil como na Europa. O álbum(Excruciating Existence) anda recebendo bons reviews e ainda irá sair no Brasil. Só foi lançado na Europa até o momento. A versão nacional foi remixada e contará com alguns bônus como faixas multimídias etc.
Não temos nenhuma meta, coincidiu que desde 2009 tem saído um material por ano mas não é algo planejado, cronometrado, simplesmente aconteceu. Só estamos dando continuidade a todas as ideias que temos. A aceitação tem sido muito positiva desde a Primeira demo lançada(Covered in Decadence). O Ep Rex Verminorum foi eleito com um dos melhores lançamentos de death metal no ano de 2011 não só aqui no Brasil como na Europa. O álbum(Excruciating Existence) anda recebendo bons reviews e ainda irá sair no Brasil. Só foi lançado na Europa até o momento. A versão nacional foi remixada e contará com alguns bônus como faixas multimídias etc.
02. Pode
rolar uma versão em LP de Excruciating Existence, assim como dos outros
registros? A que cerca o contexto lírico desse novo trabalho?
VE – Em 2013 o Excruciating
Existence será lançado em Vynil por dois selos gringos, mas ainda estamos
aguardando antes de divulgar quais são. Os outros trabalhos tiveram
relançamentos mas, em TAPE.
03. Vocês
realizaram esse ano uma turnê pela Europa, e como falei contigo... Fiquei
sabendo de que a banda foi muito ameaçada por lá por partes de grupos
neo-nazistas... O que realmente aconteceu? A galera criou e distorceu muito os
fatos?
VE – Muito boa essa pergunta.
Como sei que esta entrevista irá circular por nossa cidade aproveito para
esclarecer todos os “boatos” que surgiram.
Infelizmente Salvador é uma cidade muito provinciana
e tudo é aumentado distorcido. As pessoas parecem velhas de cidade do interior
olhando através de sua janela para a vida alheia. Isso é ridículo. Já ouvimos
de tudo: Ouvimos: que ficamos ricos, que passamos fome, que pagamos para tocar,
Ouvimos também que não sabíamos falar inglês e por isso não deveríamos ir, que
era muito cedo.
Nada disso aconteceu, eu e o baterista falamos inglês, não ficamos ricos nem passamos fome ahahhaha e nem pagamos para tocar infelizmente as coisas por lá são muito diferentes do que aqui e ao final de cada show sempre recebíamos algo pelo show e tínhamos uma boa venda de merchandise... Acabamos com as cópias do Excruciating Existence que tínhamos , vendemos mais de 180 camisas alem de diversas trocas que fizemos... Voltamos com uma mala de material de outras bandas e quase tudo já foi distribuído. Não foi nada precoce e sim no momento oportuno.
Sobre a ataques nazistas não ocorreram, houve sim um problema com uns bêbados do subúrbio de Varsóvia mas não resultou em briga ou coisa do tipo. A verdade é que vimos muitas pessoas associadas a partidos nazistas principalmente na Polônia mas, não sofremos nenhum “ataque por diversos grupos nazistas” isso não ocorreu. Lembrando que a Europa está em crise isso motiva mais ainda esta merda, então era comum ver pessoas que compartilham destes ideais e felizmente ou infelizmente alguns deles foram até bastante educados dizendo admirar o metal brasileiro. Tirando este fato não tivemos problemas, transitamos 40 dias pela Europa sem maiores problemas. Quem anda ou andou no Brasil anda tranquilamente em qualquer lugar do mundo.
Nada disso aconteceu, eu e o baterista falamos inglês, não ficamos ricos nem passamos fome ahahhaha e nem pagamos para tocar infelizmente as coisas por lá são muito diferentes do que aqui e ao final de cada show sempre recebíamos algo pelo show e tínhamos uma boa venda de merchandise... Acabamos com as cópias do Excruciating Existence que tínhamos , vendemos mais de 180 camisas alem de diversas trocas que fizemos... Voltamos com uma mala de material de outras bandas e quase tudo já foi distribuído. Não foi nada precoce e sim no momento oportuno.
Sobre a ataques nazistas não ocorreram, houve sim um problema com uns bêbados do subúrbio de Varsóvia mas não resultou em briga ou coisa do tipo. A verdade é que vimos muitas pessoas associadas a partidos nazistas principalmente na Polônia mas, não sofremos nenhum “ataque por diversos grupos nazistas” isso não ocorreu. Lembrando que a Europa está em crise isso motiva mais ainda esta merda, então era comum ver pessoas que compartilham destes ideais e felizmente ou infelizmente alguns deles foram até bastante educados dizendo admirar o metal brasileiro. Tirando este fato não tivemos problemas, transitamos 40 dias pela Europa sem maiores problemas. Quem anda ou andou no Brasil anda tranquilamente em qualquer lugar do mundo.
É claro que quando você está
em uma estação de trem de um subúrbio de uma capital você está sujeito a
qualquer situação mas, isso não é muito diferente do que seria aqui. Da maneira
que você ouviu fica parecendo que em todos os shows tinham manifestações
nazistas de todos os tipos etc hahah. Tocamos em um festival na Bósnia
anti-facista e em um club antifa na Alemanha.
04. Fale-nos
mais sobre a turnê... Como foi essa experiência?
O que a banda teve que bancar pra ir tocar lá e como foi a negociação com os
produtores? Com quais bandas vocês dividiram palco e que países passaram? Quais
as diferenças que você pode notar entre a cena de lá e a daqui do Brasil?
VE – Experiência única!Uma
vitória conquistada com muito esforço! Voltaremos no segundo semestre de 2013
já está tudo programado. O primeiro passo da tournê foi conseguir agendar 4
shows na Europa para o Escarnium contando com o suporte de alguns contatos que
tinha. E então percebi que seria mais viável programar um tour. Imediatamente
falei com Daniel Duracel para me ajudar com isso. O mesmo foi extremamente
solicito e em alguns meses (acreditem ou não) Ele fundou a RoadMaster Booking
Agency. Empresa na qual cuida de agendamentos de tournês etc. Essa parceria com
o Daniel já vem a um bom tempo e foi fundamental para que a tour fosse
realizada.. E continuamos em parceria um ajudando o outro. Tivemos que bancar
nossas passagens e os dias de folga que não tínhamos shows.Para maiores
detalhes da tournê é melhor entrarem em contato comigo ou com a Roadmaster
rsrs.
Se eu for citar todas as
diferenças irei ficar horas escrevendo sobre isso. Eu acho que a principal
diferença é que lá as engrenagens do underground funcionam, andam sozinhas por
diversos motivos. Ao contrário daqui.
Passamos pela Alemanha ,
Holanda , Espanha , Polônia, Croácia, Rep Tcheca,Bulgaria, Romênia, Bosnia, não
sei se falei todos.
Tocamos com uma caralhada de bandas, as que mais marcaram foram: Coffins , Diocletian, Squash Bowels , Funeral Whore , Destroyng Divnity ,Warfield(México) entre várias outras. Uma tour como essa é muito satisfatória tivemos oportunidade de conhecer culturas totalmente desconhecidas para os Brasileiros, podemos conhecer realidades de países que sofreram com guerras onde houve limpeza étnica, andamos em campos de concentrações experimentamos bebidas e comidas de todos os tipos... Além de poder conhecer muitos dos nossos contatos pessoalmente. Não tem preço que paga isso tudo e nós da Escarnium não queríamos esperar uma década ou mais para realizar isso, tinha de ser neste momento não achamos nada precoce e sim oportuno.
Tocamos com uma caralhada de bandas, as que mais marcaram foram: Coffins , Diocletian, Squash Bowels , Funeral Whore , Destroyng Divnity ,Warfield(México) entre várias outras. Uma tour como essa é muito satisfatória tivemos oportunidade de conhecer culturas totalmente desconhecidas para os Brasileiros, podemos conhecer realidades de países que sofreram com guerras onde houve limpeza étnica, andamos em campos de concentrações experimentamos bebidas e comidas de todos os tipos... Além de poder conhecer muitos dos nossos contatos pessoalmente. Não tem preço que paga isso tudo e nós da Escarnium não queríamos esperar uma década ou mais para realizar isso, tinha de ser neste momento não achamos nada precoce e sim oportuno.
05. Vocês
parecem ser bastante novos... Qual a média de idade entre os integrantes da
banda? Você particularmente ouve e toca Metal há pouco tempo?
VE- O mais novo tem 21 e o
mais velho 27. Eu tenho 25 o batera 23.
Cara isso é relativo estou
nessa desde os 12 para 13 anos com 16 anos já estava tocando em projetos..
Eucini o outro guitarrista também já tocou em diversas bandas como
Geminicarius, Crucificator, Bennemerinnem entre outas... Agora se isso é pouco
ou muito não sei... Depende do ponto de vista. Se o camarada já está com seus
30 e la vai ainda não passamos de um monte de garotos. Acredito que em um pouco
mais de 10 anos de cena já é o suficiente para você ver muita coisa e aprender
muito. Mas ainda a muito a ser percorrido.
06. E como é pra você tocar guitarra e cantar ao
mesmo tempo? Que outros vocalistas/guitarristas e vocalistas/baixistas você
acha que desempenham bem ambas as funções?
VE – Tudo na ESCARNIUM é no
velho cara e coragem, quando nosso primeiro vocal saiu da banda eu não fazia
ideia de como tocar e cantar, mas, decidi arriscar e fluiu.... Não sei como
isso aconteceu pra ser sincero. Aquela velha história, a oportunidade faz o
ladrão haha.
Eu acho que o Chuck do
Death, Jon do Dissection, David Vicente
do Morbid Angel o velho Lemmy executavam
e executam essas funções de forma mágica
digo isso pela complexidade de suas músicas etc... Mas não posso dizer que fui
influenciado por alguém, pois tive que fazer na marra hahahah não foi algo em
que desde garoto tinha vontade de fazer entende. Eu sempre quis tocar, mas
sempre achei que não podia tocar e cantar.
Hoje gosto pra caralho do que faço... A única coisa que me incomoda é que me deixa um pouco preso mas, tá valendo.
Hoje gosto pra caralho do que faço... A única coisa que me incomoda é que me deixa um pouco preso mas, tá valendo.
07. Você é freqüentador assíduo do Pinguelo Doce (bar underground de Salvador, risos)? O que você ama e odeia em nossa cidade?
VE- Na verdade não!
Moro perto deste bar, mas, não
sou um frequentador. Na verdade nem saio tanto de casa assim... cada vez mais
tenho desânimo de sair pela cidade de Salvador.
Sinceramente ultimamente anda
difícil de destacar o que eu ame nesta cidade...
Salvador está entre as 5
piores capitais do Brasil para se viver, e isto é fato comprovado. violência
aumenta gradativamente, as ruas fedem a lixo, botar a pica pra fora e mijar na
rua é algo comum nesta cidade, a verdadeira cultura da cidade está escondida
mal divulgada esquecida.O trânsito um verdadeiro caos. Custo de vida altíssimo. Se eu tivesse
a oportunidade de sair iria fazer sem pensar. O preconceito entre raças e
classes sociais está aberto uma guerra que se camufla no dia a dias das pessoas
que aqui residem.
Eu acredito que a maioria dos Headbangers que aqui residem sabem que, salvador é um território totalmente inóspito para a nossa cultura. A cultura da música extrema, do underground. As casas de show são caríssimas devido a dominação do pagode e outros ritmos ridículos que temos por aqui e são incetivados por iniciativa privada, mídia etc...
Eu acredito que a maioria dos Headbangers que aqui residem sabem que, salvador é um território totalmente inóspito para a nossa cultura. A cultura da música extrema, do underground. As casas de show são caríssimas devido a dominação do pagode e outros ritmos ridículos que temos por aqui e são incetivados por iniciativa privada, mídia etc...
Não me refiro as grandes
bandas que existem por aqui ou que estão surgindo a todo momento. Deixo Claro
que meu descontentamento é com a cidade de Salvador. Geralmente quando posso
nos finais de semana saio da cidade vou para algum interior.
08. Você
ouviu o Liar In Wait do Amon (nova banda dos ex-Deicide Brian e Erick Hoffman)?
O que achou? Quais foram pra você os grandes lançamentos do ano no Metal em
geral?
VE- Não curti muito não pra
ser sincero meu velho. Eu acho que o que mais me chamou atenção este ano foi o
disco do Asphyx Deathammer e uma banda Americana chamada SKELETAL REMAIS
09. Qual a sua opinião sobre a legalização das drogas no Brasil?
VE – Sou uma pessoa totalmente
contra a falsa moral que existe na cultura Brasileira, não estou nem aí pra
quem fuma maconha, cheira pó, usa ácido ou toma uma dose cachaça todos os dias
no buteco da esquina... Por mim tanto faz o que as pessoas estão fazendo de
suas vidas, assim como também não sou homofóbico e pouco me importa se um casal
gay constitui ou não uma família.
Só acho que o Brasil não tem condição nenhuma para administrar todos estes tipos de situações.Não temos leis adequadas, profissionais preparados e o pior, temos uma sociedade extremamente conservadora o que dificulta tudo ainda mais, por mais hipócrita que isto seja. Então é melhor deixar do jeito que está. Mas sou a favor da liberação de tudo nesta porra!
Só acho que o Brasil não tem condição nenhuma para administrar todos estes tipos de situações.Não temos leis adequadas, profissionais preparados e o pior, temos uma sociedade extremamente conservadora o que dificulta tudo ainda mais, por mais hipócrita que isto seja. Então é melhor deixar do jeito que está. Mas sou a favor da liberação de tudo nesta porra!
10. Cite por
gentileza 10 grandes álbuns clássicos do Metal:
VE-
Pergunta maldita! Hahaha
Ok, não gosto muito dessas top
10 pois sempre algo fica de fora mas ok,
1 – Iron Maiden (Iron Maiden , Killers)
2- Exciter – Heavy Metal Maniac
3- Venom- Black Metal
4- Celtic Frost – Morbid Thales
5- Bathory – Bathory
6- Death - Scream Bloody Gore
7- Entombed Left Hand Path
8- Grave – Into the Grave
9- Sarcófago – INRI
10- Sepultura – Schizophrenia
Porra! Fico faltando uma porrada bicho!! Nunca acho justo isso!
11. Podemos esperar para o ano que vem um novo registro do Escarnium?
VE- Não sei... Estamos focados
na tournê e no lançamento do vynil. Temos algumas músicas prontas mas, acredito
que esperaremos um pouco antes de lançar algo novo. Devemos gravar algo em 2013
mas não iremos lançar no mesmo ano. Tudo
indica que o próximo lançamento será em 2014
12. Nos diga
por gentileza quais foram as últimas entrevistas cedidas pela banda para que
possamos ter outras boas leituras...
VE – Sepulchral Voice fanzine,
Thundergod zine, Necromaniac zine(Alemanha)
Spain death metal… e não me lembro mais, quais foram as outras, a maioria foi pra zine gringo…
Spain death metal… e não me lembro mais, quais foram as outras, a maioria foi pra zine gringo…
13. Quais os
grandes lançamentos desse ano em sua opinião?
VE- como disse lá em cima o ASPHYX DEATHAMMER foi fudido, além da banda
americana Skeletal Remains
14. Muito
obrigado pela entrevista! Esperamos por mais um registro do Escarnium e boa
sorte com a divulgação de Excruciating Existence! FOREVER UNDERGROUND!
VC- Muito obrigado, agradeço pela força... Nos falamos por ae...
VC- Muito obrigado, agradeço pela força... Nos falamos por ae...
ESCARNIUM
Full lenght: Excruating Existence (2012) - 09 faixas - 38:40 - Hellthrasher Productions
Formação: Nestor Carrera (bateria), Eucini Santy (guitarra), Victor Ellian (guitarra/vocal), Vitor Giovanni (baixo).
Mais um grande lançamento do grande Escarnium. A banda nos bringa em seu primeiro full-lenght com um Death Metal totalmente destruidor, aterrorizante, maléfico... Mantendo a qualidade já presente em seus antigos trabalhos, a banda mantém a tradição da capital baiana em produzir Death Metal da mais alta qualidade e profissionalismo, de bandas como Headhunter DC, Incrust, Poisonous... A banda mostra que tem músicos muito técnicos, dosando variação e peso com maestria, linhas macabras de guitarra (fudidas, conseguem criar uma atmosfera extremamente mórbida), baixo pesado se envolvendo bem com as guitarras e uma bateria bem variada e rápida. Foda! Que saia logo a versão em LP!
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